Durante alguns anos, mantive o hábito de ter um caderno novo a cada ano, para registrar minha escrita. Quase todos esses cadernos se encontram no Brasil atualmente. Curiosamente, hoje encontrei um caderninho que deveria ter registrado minha “produção” de um determinado ano. Por alguma razão, que me escapa agora, a única coisa que cheguei a escrever naquele caderno foi uma pequena introdução anunciando a chegada do ano novo. Mas ainda mais curiosamente, ao ler o pequeno e despretensioso texto, logo o identifiquei com o meu momento atual. Eu costumo dizer que para mim o ano novo coincide com a chegada da Primavera, que acontece exatamente nessa época do ano; porém 2007 começou em fevereiro, desta vez não com a chegada das flores e da claridade, mas com a chegada de uma linda menina. Ela chegou e nossa família ganhou novas cores, nova luminosidade. Por isso decidi publicar aquele pequeno velho texto hoje, para marcar o início desse novo tempo em nossas vidas.
Lá se foi o ano velho, carregando consigo tudo o que não deu certo, tudo o que se partiu, o que se extraviou, o que se perdeu. Dezembro finda e a página nova do calendário anuncia que o ano é outro, o tempo é novo.
Cá estou eu, diante do caderno novo, páginas em branco cheirando a esperança, sonhos novos para a nova existência.
Sou a mesma de sempre em quase tudo, mas também não sou a mesma em quase nada. Sou outra versão de mim, do que fui ou do que não fui, ou do que serei. Sempre uma coisa sobre a outra, já disse Pessoa.
Que o ano novo venha com suas surpresas, seus imprevistos, suas alegrias e nem tanto. Cá estarei eu, cá estará meu caderninho, cá estaremos nós para registrar.
Que este ano seja belo e forte como o amor verdadeiro, terno e puro como a amizade sincera e feliz como encontrar o grande amor.
Seja bem-vindo o novo tempo!!!
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